Estamos de mudanças há algum
tempo, e parece que não tardará para que o mundo e, em especial eleitores
americanos banalizados por um "sonho" americano muito longínquo
caiam em si do que escolheram para o resto do mundo. Isso mesmo, para o resto
do mundo, porque estamos vendo a radicalização de um discurso que deveria,
muito pelo contrário, acalmar os ânimos e olhar para os seres humanos que estão
ao redor do globo. Os Estados Unidos não vão se fechar, não estarão menos
presentes na resoluções e discussões do principais temas mundiais e muito menos
presentes nos caminhos que a economia global vai tomar. Mas certamente a
conversa vai piorar. O rumo não deveria ser o isolamento total, numa crise que
já é profunda e clara em vários pontos dos continentes. Não há saída com a
radicalização, que foi tentanda por muitos presidentes americanos.
O fato é que Donald Trump
não termina seu mandato como presidente da maior potencia do planeta. Isso
porque fez muitos inimigos durante as eleições contra a democrata Hillary
Clinton. Há sinais claros que atritos incontáveis contra todo o estabelishment Washington. Trump não é
somente um político novo numa política velha. É uma nova versão para detonar a
velha burocracia em todos os níveis. Antes dele, o clã dos Bush não poupou
qualquer medida dentro do senso ético para alcançar seus objetivos. Nada que
conseguisse tirar os Estados Unidos do lugar, que conseguisse resolver as
crises que o mundo apresentava e que deixasse alguma esperança de um futuro
melhor para a nossa geração.
Não há como negar que o
processo decisório foi repartido para outras instâncias. Agências
governamentais e organismos não governamentais conseguem enxergar o tamanho do
embaraço em que nos achamos agora. Não caberia, mesmo que quisesse a um homem
só deter todas as informações que hoje circulam pelo planeta. São muitos bites,
muitas fórmulas e bastante informação rolando no submundo. Ainda mais num mundo
superpopuloso como hoje. Cabemos dentro de qualquer estrutura, seja um chip,
seja um super provedor de internet, como a NSA. Além disso, olhar tudo e todos
demanda uma grande cooperação, e os EUA não tem essa visibilidade em todos os
lugares. Há muitos, muitos pontos cegos do planeta.
Sorrateiramente, Donald
Trump chegou, sem uma pauta, sem uma fórmula e sem e sem força. A força da qual
precisava está na bravata, como um jogador de pôker, que blefa constantemente
para obter o que deseja. Hoje o cenário não convergente do presidente eleito
vai deixar um vácuo no equilíbrio de forças, principalmente na área social.
Aquilo que não se pode deixar mais sob demanda é a inclusão de pessoas na era
digital, para que tenho acesso ao mínimo de desenvolvimento.
Em 2011 estive na em Berna,
na Suíça com um professor de economia que me explicava quando seria o momento
da mudança à direta no continente europeu. É no momento em que os empregos
faltam que os culpados começam a serem apontados, com aquele dedo duro sempre
ameaçador. É comum da raça humana procurar culpados para as crises, seja
social, econômica ou política. Donald Trump escolheu o seu: a China. Acontece
que a China é a mão de obra do mundo, há bastante tempo. Lá estão todos que
procuram preço.
Não há uma empresa no globo
hoje que não procurem os chineses para produzir seus produtos. Não está na
Rússia, não está nos EUA. Está na China. Donald Trump está levando os Estados
Unidos para uma confrontação histórica com a China que pode mudar todos os
acordos comerciais hoje existentes. Já disse que vai anular alguns deles,
firmados pelo presidente Barack Obama.
Esperava-se uma curva descendente
de ataques e bravatas, com recuos maiores do que os vistos até o momento, mas
dificilmente o cenário e as combinações de vontade política e crescimento
econômico global vão mudar. Os desafios que vem por aí é encarar um mercado de
trabalho completamente fragmentado, com crises de histeria, protestos,
decadente politicamente, socialmente esquizofrênico e contabilizado por
oportunismo e sombrio quanto ás intenções sobre um futuro compartilhado com
todos no campo evolucionista, mesmo que mantendo aqueles pilares que ainda unem
parte da humanidade: democracia e individualidade. Donald Trump não representa
nada disso. O futuro com ele vai ser achar uma saída para ele.
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